O principal partido de oposição do Uruguai, o Nacional, também chamado de partido "Blanco", encerrou sua campanha eleitoral com a expectativa de forçar um segundo turno na eleição presidencial de hoje.Com uma alta porcentagem de indecisos para os padrões uruguaios entre 12% e 14% do eleitorado, segundo diferentes pesquisas de intenção de votos , o candidato Luis Alberto Lacalle, presidente do país entre 1990 a 1995, aposta nessa parcela para que a eleição presidencial não seja definida já no primeiro turno.
O último comício de Lacalle, na noite de quinta-feira, foi estrategicamente realizado na cidade de Las Piedras, a cerca de 20 quilômetros de Montevidéu, pois a maioria da população da capital uruguaia é ligada ao esquerdista José Mujica, o candidato oficial.
Mujica lidera as pesquisas, mas, para ganhar no primeiro turno, ele precisa obter 50% mais um dos votos.
Poucas horas antes do encerramento da campanha, que ocorreu à meia-noite da quinta-feira, as últimas pesquisas antecipavam até 46% dos votos para Mujica e até 30% para Lacalle.
A consultoria Grupo Radar opina que nem Lacalle nem Mujica teriam a maioria absoluta para conseguir a eleição no primeiro turno. Segundo a Radar, Mujica seria eleito no segundo turno com uma vantagem de seis pontos porcentuais sobre Lacalle.