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Militares detiveram durante esta semana 11 opositores, acusados de envolvimento na morte de 15 pessoas, a maioria formada por partidários do presidente Evo Morales, durante confrontos no mês passado no departamento (Estado) de Pando, na Bolívia. Ao todo, 25 pessoas já foram presas. Durante os distúrbios do dia 13 de setembro, houve o que o governo qualificou como um 'massacre' no povoado de Porvenir, em Pando, 760 quilômetros a nordeste da capital.

Na quinta-feira (30), sete funcionários do governo de Pando foram levados à La Paz. "Foram detidas sete pessoas...agora estão com os outros confinados", disse o funcionário do Ministério do Interior Rubén Gamarra. O estado de sítio vigente em Pando permite que as prisões sejam feitas pelos militares, disse Gamarra.

Segundo o funcionário, anteontem outras quatro pessoas haviam sido detidas, entre elas o cunhado do ex-governador Leopoldo Fernández, detido em uma prisão de La Paz, acusado de "genocídio" pelo governo.

O senador Paulo Bravo, do oposicionista Partido Podemos, afirmou que não havia ordem judicial para as prisões dos oposicionistas. "Essas pessoas foram detidas sem nenhuma ordem legal", acusou Bravo. Porém, segundo Gamarra, as prisões ocorreram sob o estado de sítio, o que não configuraria uma irregularidade.

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