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Um bombardeio israelense atingiu na sexta-feira a estrada usada pelos brasileiros para sair do Líbano e uma rota alternativa já foi definida pelo Ministério das Relações Exteriores, informou o embaixador Everton Vargas, coordenador do grupo de apoio aos brasileiros naquele país.

- Não é toda a estrada que está bombardeada. Segundo o consulado do Brasil em Beirute, algumas pontes foram destruídas, mas ainda é possível usar a estrada antiga. A certa altura dessa estrada, eles retomar a auto-estrada que tem sido usada para sair pelo Norte do Líbano - explicou.

Segundo Vargas, há algumas semanas o governo israelense havia garantido que essa estrada não seria alvo das operações militares, mas não foi o que ocorreu:

- Lamentamos isso e o Brasil vê essas ações com muita preocupação, porque representam uma expansão do conflito na região.

Além de dificultar a retirada de brasileiros, o bombardeio também prejudica a chegada de ajuda humanitária ao Líbano. Em comunicado à imprensa, o representante do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) no Líbano, Stephane Jaquemenp, afirmou que será buscada uma rota alternativa para essa ajuda. "O que está acontecendo é um crescente retrocesso para nossas operações e com a crescente crise de combustível no país, estamos chegando ao ponto de um bloqueio de fato no Líbano", diz o comunicado.

O embaixador Everton Vargas informou ainda que, por causa dos bombardeios, 200 pessoas em Beirute e mais 240 no Vale do Bekaa se apresentaram às autoridades brasileiras na região com intenção de sair da zona de conflito. No sábado, essas pessoas sairão de ônibus em comboios para Adana, na Turquia, e Damasco, na Síria.

Vargas acrescentou que passam bem a brasileira Cristiane Silva Oliveira e seu bebê de quatro dias, que se apresentaram na quinta-feira na embaixada do Brasil. Os dois e mais uma filha de Cristiane deverão deixar o Líbano amanhã em um carro da embaixada, acompanhando um dos comboios.

Mais dois vôos da Força Aérea Brasileira estão programados para sábado e para a próxima segunda-feira, trazendo cerca de 220 pessoas de volta ao Brasil, disse o embaixador. Dados do Ministério das Relações Exteriores apontam que 2.278 brasileiros já deixaram a zona de conflito no Sul do Líbano.

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