Um grupo de 12 brasiguaios - brasileiros que vivem no Paraguai - reuniu-se nesta terça-feira (26) em Assunção com o presidente do Paraguai, Federico Franco, para manifestar apoio ao governo instituído na última semana, após o processo de impeachment do esquerdista Fernando Lugo.
Cerca de 350 mil brasileiros moram atualmente no Paraguai. A maioria deles são agricultores, que começaram a imigrar ao país há cerca de 40 anos, em busca de terras produtivas e baratas.
Na reunião desta terça, os brasiguaios manifestaram "apoio incondicional" ao novo governo paraguaio, e pediram que Franco garanta a segurança jurídica do país e legitime os títulos de terras dos brasileiros.
O grupo reclama que, durante o governo Lugo, os brasiguaios eram vítimas de perseguição, e acusa o antigo mandatário do país de ter estimulado as invasões de terras dos brasileiros por carperos (os sem-terra paraguaios).
Os sem-terra, por sua vez, acusam os grandes proprietários rurais do país, entre eles os brasileiros, de grilagem.
"Eu estou há 42 anos no Paraguai, e o governo Lugo foi o governo mais xenófobo que eu conheci", afirma o agricultor Aurio Frighetto, 45, natural do Rio Grande do Sul e proprietário de uma empresa agroexportadora no Paraguai.
Frighetto defende que os títulos dos brasileiros foram adquiridos dentro da lei, assim como o da maioria dos proprietários rurais do país.
O brasileiro esteve na reunião com Franco, e diz que o presidente "garantiu 100%" o respeito à propriedade privada.
O grupo apela também que o Brasil reconheça Franco como o legítimo presidente do Paraguai. Nesta semana, brasiguaios viajam ao Brasil para se encontrar com ministros e parlamentares a fim de reforçar o pedido.
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