Zelaya usa o telefone da embaixada brasileira: Brasil quer mais proteção
Entenda cada etapa da crise hondurenha
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Nova Iorque - O Brasil vai pedir hoje na Orga­­nização das Nações Unidas (ONU) que o governo interino de Hon­­duras garanta a integridade física do presidente deposto Juan Manuel Zelaya, a inviolabilidade da embaixada brasileira e que o povo de Honduras seja protegido.

Ontem, o governo brasileiro enviou carta à embaixadora dos EUA junto à ONU, Susan Rice, pedindo a convocação extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir a situação em Honduras. A reunião teria por objetivo discutir a situação em Honduras e evitar qualquer ação que possa agravar mais a crise.

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América Latina

A ideia que o Brasil e os demais países da América Latina defendem é que o governo interino, mesmo não sendo um governo reconhecido na América Latina, tem obrigações pelo direito internacional de respeitar a inviolabilidade da embaixada e precisa proteger sua população local.

O Paraguai pediu ontem que o governo interino restitua imediatamente Manuel Zelaya ao cargo de presidente.

"O Paraguai exige que o go­­verno de fato de Honduras to­­me as medidas necessárias para assegurar a vida e a integridade física do presidente Manuel Zelaya, que se encontra na sede da em­­baixada do Brasil em Te­­guci­­gal­­pa", diz um comunicado da chancelaria paraguaia.

O documento recomenda "a todas as forças vivas de Honduras não tomarem ações que possam resultar em atos de violência e que o diálogo seja usado para a restauração da institucionalidade, para que o presidente Zelaya complete o mandato constitucional para o qual foi legitimamente eleito pelo povo hondurenho".

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Em Caracas, foi distribuído um comunicado em nome dos governos dos países membros da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), integrada pela Venezuela, Cuba, Equador, Bolívia, Dominica, Nicarágua, São Vicente e Granadinas e An­­tigua e Barbuda que dá apoio ao regresso de Zelaya e à sua decisão de recuperar a presidência de Honduras.

O comunicado assinala que o retorno de Zelaya a Honduras cumpre "as decisões adotadas também pelas Nações Unidas, a Organização dos Estados Ameri­­canos e o Grupo do Rio e abre caminho para a restauração da democracia hondurenha, gravemente afetada após o golpe de Estado de 28 de junho de 2009".

Honduras também integra a Alba, mas sua situação no grupo ficou indefinida após o golpe.