Brasil e África do Sul vão se articular no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para buscar uma saída política à crise na Líbia.
Em conversa telefônica nesta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff e o seu colega sul-africano, Jacob Zuma, expressaram preocupação com ações na Líbia que estariam indo além da resolução da ONU, aprovada em março, disse o porta-voz da Presidência, Rodrigo Baena.
O texto autorizou a imposição de uma zona de exclusão aérea sobre o país e todas as medidas necessárias para proteger os civis contra as forças do líder Muamar Kadafi, no poder há quatro décadas.
O Brasil foi um dos cinco países que se abstiveram na aprovação da resolução.
Zuma viajou à Líbia à convite da União Africana para tentar encontrar solução para a crise. Ele reuniu-se com Kadafi na capital Trípoli.
No telefonema, de cerca de 10 minutos, Dilma e Zuma "manifestaram preocupação com a deterioração da situação política e humanitária na Líbia... (e com os) impactos negativos na população civil das ações das políticas ocidentais", disse Baena.
Segundo o porta-voz, ambos acertaram uma articulação no Conselho da ONU que busque uma saída política para a crise na Líbia, que se arrasta desde fevereiro. Tropas do Exército líbio enfrentam opositores que exigem o fim de 41 anos do regime de Kadafi.
Brasil e África do Sul são membros não-permanentes do Conselho de Segurança.
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