Os países em desenvolvimento disseram na terça-feira que era hora de acabar com a tradição 'obsoleta' de o Fundo Monetário Internacional (FMI) sempre ser dirigido por um europeu, embora a ministra das Finanças da França tenha reforçado sua liderança na corrida para substituir Dominique Strauss-Kahn.

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Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul --países conhecidos pelo acrônimo Brics-- criticaram de forma conjunta autoridades europeias por sugerirem que o próximo chefe do FMI deva ser automaticamente um europeu.

Os Brics afirmaram que a escolha deve ser baseada na competência, e não na nacionalidade, e pediram num comunicado conjunto o 'abandono da obsoleta e informal convenção que exige que o chefe do FMI seja necessariamente da Europa'.

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A ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde, planeja anunciar sua candidatura para ocupar o posto de diretora-gerente do organismo na quarta-feira, depois de a União Europeia (UE) ter chegado a um consenso sobre apoiá-la, disseram à Reuters fontes diplomáticas.

O governo francês disse que a China daria suporte a Lagarde como sucessora de Strauss-Kahn, que renunciou ao comando do FMI para se defender de acusações de abuso sexual.

Mas surgiu um racha entre nações emergentes, para as quais é a hora de o padrão de comando do FMI, vigente há 65 anos, ser afrouxado.

Há informações de que o presidente do banco central do México, Agustín Carstens, afirmou ter o apoio de alguns países à sua candidatura, enquanto África do Sul e Cazaquistão devem indicar candidatos próprios.

Após a renúncia de Strauss-Kahn na semana passada, a Europa quer comandar o credor multilateral, especialmente num momento em que o FMI está ajudando a resgatar Grécia, Irlanda e Portugal.

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'É um consenso europeu', disse à rádio Europe 1 François Baroin, ministro francês do Orçamento e porta-voz do governo.

'O euro requer nossa atenção. Precisamos ter os europeus (no conselho) e do apoio chinês à candidatura de Christine Lagarde', afirmou.