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A Rússia e a União Européia condenaram na quinta-feira os ataques israelenses ao Líbano, enquanto os Estados Unidos disseram que o Estado judeu tem o direito de se defender, desde que não enfraqueça o governo libanês.

- Israel tem o direito de se defender - disse Bush na Alemanha, depois do bombardeio israelense contra o aeroporto de Beirute, como parte da retaliação pelo sequestro de dois soldados.

O primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, também deu razão a Israel.

- Acho tremendamente frustrante que estes ataques venham de áreas (Líbano e Gaza) que Israel voluntariamente desocupou, então acho que o ônus desta escalada acaba com o outro lado - afirmou.

Já a Rússia e a União Européia disseram que não há justificativa para o bloqueio aeronaval imposto por Israel ao Líbano.

"Ações contrárias ao direito humanitário internacional só podem agravar o círculo vicioso de violência e revide", disse a presidência da UE em nota.

Em entrevista coletiva conjunta, Bush e a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, deixaram claro que consideram justificada a retaliação de Israel ao sequestro cometido pelo grupo xiita Hezbollah.

Mas o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, criticou as ações de Israel no Líbano e nos territórios palestinos.

- Esta é uma reação desproporcional ao que aconteceu, e se ambos os lados vão se encurralar mutuamente acho que tudo isso vai transcorrer de uma forma muito dramática e trágica - disse ele a jornalistas num vôo de Paris e Moscou, segundo a agência de notícias Interfax.

O chanceler francês, Philippe Douste-Blazy, também considerou "um ato de guerra desproporcional" o bombardeio do aeroporto de Beirute. Em dois dias de ações militares israelenses, pelo menos 52 civis libaneses morreram.

Mas Douste-Blazy também criticou o Hezbollah por disparar foguetes contra o norte de Israel e por capturar os soldados, gestos que qualificou, em entrevista à rádio Europe 1, de "irresponsáveis".

- A única solução é o retorno de ambos os lados à razão. Estamos pedindo uma redução das tensões - afirmou.

Esta é a pior onda de confrontos entre Israel e Líbano desde 1996, quando tropas israelenses ainda ocupavam uma parte do sul do Líbano.

Bush se disse preocupado com a eventual desestabilização do governo libanês, contrário à vizinha Síria, inimiga dos EUA.

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pediu moderação a todas as partes e a retomada do diálogo.

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