O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse na quinta-feira que seu país vai manter um contingente militar mais elevado no Afeganistão, prevendo um intenso combate contra o Taliban nos próximos meses, depois do ano mais violento desde que a milícia radical islâmica foi derrubada do poder.

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Ele pediu à Otan que também forneça soldados e equipamentos adicionais quando for necessário e que suspenda as restrições sobre onde e como seus militares podem combater.

``A aliança foi fundada neste princípio: um ataque contra um é um ataque contra todos'', disse Bush no Instituto da Empresa Americana, uma entidade conservadora.

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Ele disse ainda ter sido ``muito claro'' com o presidente afegão, Hamid Karzai, sobre a necessidade de mais empenho na erradicação dos cultivos de papoula, que tiveram ``marcado acréscimo'' no último ano e estão ajudando o Taliban a comprar armas.

Bush disse que pedirá nos próximos dois anos ao Congresso 11,8 bilhões de dólares para ajudar ``esta jovem democracia'' afegã a sobreviver.

O Pentágono havia anunciado que uma brigada do Exército, com 3.200 soldados, irá para o Afeganistão em vez do Iraque, como parte da ampliação que Bush disse ser ``pelo futuro visível''.

Os EUA têm cerca de 27 mil soldados no Afeganistão, dos quais cerca de 15 mil na força da Otan.

Bush citou dados do Afeganistão segundo os quais o número de bombas deixadas em ruas quase dobrou, os ataques diretos a forças internacionais quase triplicaram e os atentados suicidas quase quintuplicaram em um ano.

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``A neve vai derreter nas montanhas do Hindu Kush, e quanto isso acontece podemos esperar que intensos combates continuem. O Taliban e a Al Qaeda estão se preparando para lançar novos ataques.''

O presidente também cobrou mais cooperação entre Afeganistão e Paquistão, uma vez que supostamente há militantes da Al Qaeda e do Taliban, inclusive Osama bin Laden, escondidos nas montanhas entre os dois países.

Os democratas costumam criticar Bush por dar atenção demais ao Iraque e supostamente negligenciar o Afeganistão. Ao contrário do que fizeram em relação ao aumento das tropas no Iraque, os democratas em geral apoiaram o reforço no Afeganistão.

``Nesta primavera haverá uma nova ofensiva no Afeganistão, e será uma ofensiva da Otan, e isso é parte da nossa estratégia -rigidez na nossa pressão'', afirmou Bush.

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