Cadeira vaga no Senado não está à venda, ela é "do povo", diz Obama

O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, reafirmou nesta quinta-feira (11), que não conversou com o governador de Illinois, Rod Blagojevich, sobre a indicação de seu substituto no Senado e se disse "tão decepcionado quanto qualquer um". Obama disse que a cadeira vaga não está disponível para "negócio político'" e que ela não é de ninguém especificamente, mas sim "pertence ao povo de Illinois".

Em entrevista coletiva para anunciar Tom Daschle como seu futuro secretário de Saúde, Obama disse estar "confiante" de que ninguém de sua equipe tem ligação como escândalo que levou o governador a ser preso na quarta-feira por tentar vender a cadeira que o presidente eleito deixou vaga no Senado.

Ele disse que pediu para sua equipe levantar qualquer contato que tenha sido feito com o gabinete de Blagojevich - que foi solto depois de pagar fança no valor de US$ 4.500 - e que passará todas as informações para a imprensa.

"Qualquer um que vá para Washington estará lutando por Illinois", disse Obama, que voltou a pedir a renúncia de Blagojevich como havia feito no dia anterior.

O presidente eleito abriu a entrevista falando sobre a crise econômica e os desafios que ele e o povo americano enfrentarão. Ele disse que as principais empresas automobilísticas dos EUA não podem quebrar, afirmando que o conjunto de medidas debatidas no Congresso contra isso é necessário, mas ressaltou que é importante respeitar "interesses dos contribuintes."

Depois de falar sobre Blagojevich, Obama confirmou a indicação de Daschle, a quem fez elogios. Em seguida, passou a palavra a seu futuro secretário. Daschle, que em 2004 perdeu a disputa por uma vaga no Senado pela Dakota do Sul, já trabalha com a equipe de transição de Obama. Ele agradeceu o connvite do presidente eleito e se disse honrado por fazer parte de seu governo.