Uma estratégia eficiente de campanha e a boa preparação dos candidatos, somadas ao desgaste do governo Barack Obama, fizeram com que o Partido Republicano reconquistasse na noite desta terça-feira (4) a maioria no Senado norte-americano.

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Na avaliação de alguns dos principais jornais dos Estados Unidos, esses foram os principais fatores que levaram os republicanos a conquistar sua maior participação no Congresso desde o governo Harry Truman, entre as décadas de 1940 e 50.

Segundo o The New York Times, no início do ano os republicanos perceberam que, para derrotar os democratas, era necessário primeiro acalmar os rebeldes dentro do próprio partido. A vitória de terça, na avaliação do jornal, foi resultado de "planejamento metódico, preparação cuidadosa dos candidatos e a garantia de que os concorrentes não iriam repetir os erros que custaram caro em 2010 e 2012".

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A isso somam-se os problemas enfrentados pela gestão Obama, como as falhas no programa de saúde, a ofensiva do Estado Islâmico e os casos de ebola. "Os republicanos tinham um plano simples: não cometam erros, e façam tudo sobre Obama, Obama, Obama. Toda nova crise na Casa Branca traria um novo anúncio republicano. E toda responsabilidade democrata seria atacada por votar com o presidente 97, 98 ou 99% do tempo", diz o jornal The Washington Post.

O Los Angeles Times lembra que nas eleições legislativas há uma tendência dos eleitores de descontar a frustração com o governo no partido que está no poder. Mas alerta que, mesmo com a vitória, os republicanos ainda precisam superar alguns obstáculos. "O maior problema é a percepção de muitos americanos de que os republicanos eleitos não reconhecem – ou não se importam muito – com as mudanças vivenciadas por pessoas que não são brancas ou pobres", diz.

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