Os principais candidatos à presidência da Argentina encerram nesta quinta-feira (25) suas campanhas de rua com comícios na Grande Buenos Aires -a região mais populosa do país e a de maior influência política.
As eleições, que também vão eleger senadores e deputados federais (além de governadores e deputados regionais, em algumas províncias), serão realizadas no próximo domingo (28).
A senadora Cristina Kirchner, atual primeira-dama e candidata governista, passou os últimos dias viajando o país. Esteve em Mar del Plata e ontem em Tigre. Mas a atenção da Casa Rosada (a sede do Poder Executivo argentino) está centrada no evento público de encerramento da campanha, marcado para as 19h (20h desta quinta, no Brasil) no Mercado Central de La Matanza, na periferia de Buenos Aires.
O governo espera reunir ao menos 20 mil pessoas. E, segundo a imprensa argentina, funcionários da administração Kirchner estão trabalhando com esse objetivo junto a líderes da comunidade.
Além de reunir uma faixa populacional (classe média baixa) que pode ajudar na corrida eleitoral, Cristina tem outro motivo -a superstição- para terminar sua campanha em La Matanza: foi lá que ela encerrou sua vitoriosa campanha ao Senado, em 2005. Foi lá também que seu marido, Néstor Kirchner, encerrou sua campanha à Presidência, em 2003.
Segundo os principais institutos de pesquisa do país, Cristina Kirchner lidera a corrida eleitoral e deve se eleger logo no primeiro turno, já que teria mais de 40% dos votos e uma diferença de pelo menos 10 pontos percentuais em relação à segunda colocada, Elisa Carrió. Mas os candidatos da oposição questionam os levantamentos e dizem ainda acreditar num segundo turno.
Voto indeciso
A importância da província de Buenos Aires nas eleições é nítida, a se observar que vivem na região 15 milhões dos 40 milhões de argentinos. E cresce ainda mais à medida em que aliados do casal Kirchner dizem, em conversas de bastidores, haver na região um grande percentual de votantes que ainda podem mudar de candidato, faltando três dias para o pleito.
Elisa Carrió
Os assessores de Carrió, a segunda colocada nas pesquisas, decidiram realizar o último ato de campanha da candidata da Coalizão Cívica no mesmo horário (19h) e no mesmo dia de Cristina Kirchner. O motivo: comparar os dois projetos que estão em disputa nesta eleição.
O lugar escolhido foi o centro de exposição Costa Salgueiro, na capital -o mesmo onde Carrió e Jorge Telerman fizeram o encerramento da última campanha à Prefeitura de Buenos Aires.
Roberto Lavagna
O ex-ministro da Economia começará seu último dia de campanha pública às 10h30, com uma maratona de mini-atos em diversas cidades da Grande Buenos Aires. Sua última aparição pública será também em La Matanza, duas horas antes do comício de Cristina Kirchner.
Alberto Rodríguez Saá
O candidato da Frente Justiça, Unidade e Liberdade passou os últimos dias rodando o país. E, coincidentemente, também terminará sua campanha em La Matanza.
Ricardo López Murphy
O ex-ministro da Defesa e da Economia (na gestão de Fernando de La Rua) agendou uma série de eventos na capital para esta quinta-feira. Vai encerrar a campanha em frente ao Congresso, na companhia de representantes das províncias.
Fernando Solanas
O cineasta e candidato Fernando Solanas também marcou caravanas para encerrar sua campanha à presidência. O último ato será "em defesa dos recursos naturais".
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