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Atualizado em 13/08/2006 às 19h41

O cessar-fogo no Líbano entre as forças de Israel e do Hezbollah depende agora de uma reunião do Gabinete israelense que será realizada no domingo. No encontro, será debatida a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que já foi aceita pelo governo libanês e pela milícia xiita.

Segundo a edição eletrônica do jornal "Jerusalem Post" deste sábado, a decisão do Conselho de Segurança deve entrar em vigor na segunda-feira.

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, disse neste sábado esperar que o conflito termine "dentro de um dia ou dois" após todas as partes concordarem com os termos do cessar-fogo. A autoridade de Washington afirmou ao Canal 1, de Israel, que o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, está trabalhando com as partes envolvidas a fim de acertar um prazo viável para o fim das hostilidades.

Apesar do otimismo geral, o embaixador do Estado judeu na ONU, Dan Gillerman, disse que, a menos que os meios para aplicar a resolução sejam bem definidos, "voltaremos (ao conselho) não em uma semana, mas em um mês ou em um ano, enfrentando uma tragédia ainda maior".

Neste sábado, após reunião de seu Gabinete, o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, disse que o governo de Beirute aceitou os termos da resolução da ONU para o cessar-fogo.

Já o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, fez seu primeiro pronunciamento desde a aprovação da resolução. Ele argumentou que a decisão é injusta e que o grupo tem o direito de se defender contra ataques de Israel, mas afirmou que acatará a decisão do Conselho de Segurança. Porém, alertou:

- A guerra não acabou, porque evidentemente a agressão continua. E parece que não vai acabar amanhã (domingo).

Nasrallah não impôs condições.

O pronunciamento foi mostrado pela TV libanesa no momento em que o Exército israelense inicia a expansão de sua ofensiva terrestre no Sul do Líbano ( Veja imagens da operação ), no dia seguinte à aprovação, no Conselho de Segurança do projeto de resolução que pede o fim da guerra, que já dura mais de um mês.[Soldados de Israel participam da ofensiva deste sábado]

A ONU espera que a ofensiva de Israel esteja terminada em 48 horas e que a força multinacional de paz, prevista na resolução aprovada pela ONU, chegue ao Líbano num prazo entre uma semana e dez dias.

O chefe de gabinete das Forças de Defesa de Israel disse que o país ficará no Líbano até a chegada da força multinacional.

Violência continua

Neste sábado, o Hezbollah disse derrubou um helicóptero israelense no sul do Líbano com um novo tipo de míssil. O Exército de Israel afirmou que foi a primeira aeronave que caiu no Líbano desde o início da guerra. A mídia israelense confirmou a queda de uma aeronave, mas não deu mais detalhes.

Um ataque da aviação isralense em Rachaf, a cerca de 15 quilômetros ao Norte da fronteira do Líbano com Israel e perto da cidade de Tiro, provocou a morte de 15 civis, segundo fontes policiais libanesas.

Na cidade de Sidon, a terceira maior do Líbano, que abriga mais de cem mil refugiados provenientes do Sul do país, também foi bombardeada pela aviação israelense, que concentrou seus ataques na central elétrica que abastece a região. Não houve mortos.

Outro ataque matou neste sábado pelo menos quatro civis que estavam em um caminhão, no povoado de Kharayeb, no Sul do Líbano, informaram fontes médicas.

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