A chanceler do governo deposto de Honduras, Patricia Rodas, convocou neste sábado os membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) para tentar aumentar as sanções econômicas e comerciais contra o governo de facto de Roberto Micheletti.

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Rodas fez as declarações ao participar da reunião da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) na cidade boliviana de Cochabamba, depois que as negociações mediadas pela OEA não conseguirem por fim à crise política decorrente do golpe de 28 de junho.

"Resolvemos convocar de modo imediato os membros da OEA com a finalidade de aumentar as medidas comerciais e econômicas que condenam o governo de facto", afirmou ela na cúpula.

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"Pedimos à oposição e aos candidatos que condenem o golpe de Estado... que se pronunciem de forma imediata sobre o processo eleitoral, seus vícios e a fraude que está sendo preparada", acrescentou Rodas ao ler um documento assinado pelo presidente deposto.

As negociações que pretendem por fim à crise política que divide Honduras voltaram a um impasse na sexta-feira, enquanto o governo de facto resistia às exigências internacionais de restituir o poder a Zelaya.

Embora as partes tenham avançado nas negociações desde que a rodada de diálogos foi estabelecida na semana passada com mediação da OEA, ainda existem diferenças na questão central do acordo: a volta de Zelaya ao poder.

Os negociadores do governo deposto rejeitaram uma proposta de Micheletti para que o Supremo Tribunal decida sobre seu retorno, e insistiram que o Congresso tome tal decisão, mas permitiram uma consulta à Corte se necessário.

A comunidade internacional apoia Zelaya como presidente e isolou diplomaticamente Honduras. Além disso, organismos financeiros internacionais e os Estados Unidos adotaram medidas econômicas contra o governo de facto.

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Líderes esquerdistas da Alba reiteraram sua condenação ao golpe de Estado, exigindo o retorno de Zelaya.