O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse na quinta-feira (5) que dois capitães da Guarda Nacional foram presos por supostamente conspirar contra o governo com a ajuda da oposição e de ex-oficiais militares que vivem nos Estados Unidos.
Chávez afirmou que os oficiais estavam seguindo seus movimentos e mantendo contato com ex-oficiais venezuelanos nos EUA, acusados de participar em dois ataques com bomba em Caracas.
"Ontem (quarta-feira) foram detidos dois oficiais da GN (Guarda Nacional)", afirmou o presidente. Chávez não disse os nomes dos presos, mantidos na Direção de Inteligência militar. Ele apenas relatou que eles preparavam "planos desestabilizadores contra o presidente".
Chávez não acrescentou detalhes sobre a identidade dos ex-oficiais que vivem nos EUA. Mas a referência aos ataques a bomba sugere que se referia aos ex-tenentes do Exército José Antonio Colina e Germán Rodolfo Varela. Colina e Varela negaram qualquer participação nos ataques de 25 de fevereiro de 2003, na embaixada da Espanha e no consulado da Colômbia, que deixaram quatro feridos.
Os ex-militares pertenciam a um grupo de oficiais rebeldes que ocuparam uma praça de Caracas em outubro de 2002, pedindo em vão um golpe de Estado. Seis meses antes Chávez havia sobrevivido a um breve golpe.
A dupla chegou a solicitar asilo político nos EUA, o que não lhes foi concedido. Porém os norte-americanos negaram um pedido de extradição da Venezuela.
Desde o fracassado golpe de Estado de 2002, Chávez acusa repetidamente seus adversários de conspirar contra seu governo para assassiná-lo. Os oposicionistas negam tal intenção e insistem que Chávez deve perder o poder nas urnas e não com um movimento militar rebelde. As informações são da Associated Press.
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Cid confirma que Bolsonaro sabia do plano de golpe de Estado, diz advogado
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; assista ao Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Deixe sua opinião