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América Latina

Chilenos irão às urnas sem o fantasma de Pinochet

Pela primeira vez nas últimas duas décadas, as eleições no Chile ocorrerão sem a presença do ex-presidente e ditador Augusto Pinochet - morto em dezembro de 2003. Responsável por inspirar admiradores incondicionais e críticos radicais, mesmo quando afastado do governo Pinochet atuou nos bastidores políticos do país.

Um dos mais temidos ditadores da América Latina, Pinochet governou o Chile por 17 anos - de 1973 a 1990. O general comandou o golpe militar que derrubou o governo do presidente socialista, Salvador Allende. Foi acusado de uma série de crimes como o desaparecimento de mais de 3 mil pessoas durante a ditadura.

Em dezembro de 2003, o militar morreu aos 91 anos em consequência de enfarto e edema pulmonar. A morte de Pinochet gerou protestos favoráveis e contrários a ele. Integrantes das Forças Armadas prestaram as últimas honras. As vítimas do regime militar promoveram um ato em homenagem a Allende em Santiago (capital chilena).

Recentemente o tenente Augusto Pinochet Molina, que é neto do ditador e conhecido como Pinochet III, fez um discurso crítico ao governo de Michelet Bachellet. O oficial acabou expulso da corporação por sua atitude, que foi interpretada como insubordinação.

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