• Carregando...

A política interna chilena é marcada por duas forças: as coligações progressista e conservadora. Mas nesta eleição surgiu um fator surpresa - um candidato independente, oriundo da esquerda, com um discurso progressista e avançado. É o jovem deputado federal Marco Enriquez - Ominami Gumucio, de 36 anos, que rompeu com a coligação da presidente chilena, Michelle Bachelet.

Analistas políticos afirmam que ele é resultado do chamado voto de protesto ou como os chilenos batizaram voto bronca. Atraindo a atenção internacional, Gumucio aparece em terceiro lugar nas pesquisas de opinião. Para muitos, ele já pode se considerar um vitorioso ao conseguir romper a tradição política chilena que é de polarizar as forças - em esquerda e direita ou progressistas e conservadores.

Dissidente da coligação Concertación, Gumucio se destaca pelo discurso direto, pela defesa de mais poder do Estado na educação saúde, no transporte e na habitação. Ele defende ainda questões polêmicas, como a legalização da união civil entre pessoas do mesmo sexo e o aborto terapêutico, além de reformas na Constituição.

Porém, as pesquisas de opinião indicam que quem lidera as intenções de voto é o empresário Miguel Sebastián Piñera, da coligação Alianza (conservadora). Depois, o ex-presidente Eduardo Frei, da Consertación (esquerda), e, por último, Gumucio.

Piñeira se apresenta como um conservador diferenciado dos seus antecessores, uma vez que não é ligado aos militares e fez campanha contra o prolongamento do mandato do ex-presidente Augusto Pinochet, em 1989. É um dos homens mais ricos do país, dono da empresa aérea Lan Chile, da rede de televisão Chile Visión e do time de futebol Colo Colo.

Em segundo lugar, de acordo com as pesquisas de opinião, aparece o ex-presidente Eduardo Frei Ruiz. Ele concluiu seu mandato de 1994 a 2000 com baixa popularidade e para se lançar candidato ficou no foco das polêmicas. Frei foi escolhido mesmo tendo adversários com mais votos internos. Ele foi designado por ter um perfil mais de centro do que os demais da coligação.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]