A China irá reconhecer o Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia como seu governo legítimo "quando as condições foram oportunas", disse o Ministério de Relações Exteriores chinês nesta terça-feira, sem explicitar quais seriam essas condições.

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A China não se juntou às potências do Ocidente para reconhecer formalmente o CNT como autoridade legítima da Líbia, mas aceitou o "papel importante" do grupo depois que o líder líbio Muamar Kadafi foi derrubado pela invasão dos rebeldes a Trípoli, no mês passado.

A nova liderança líbia vem enfrentando o desafio de como conduzir suas relações com Pequim depois de descobrir evidências de que Gaddafi teria comprado armas este ano de comerciantes da China e da Europa. A China disse que os comerciantes chineses haviam negociado sem a autoridade do governo, e ressaltou que não havia exportado armamentos.

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Ao ser indagada sobre se o CNT havia pedido uma explicação a Pequim sobre as provas, a porta-voz do Ministério de Relações chinês, Jiang Yu, respondeu indiretamente, dizendo que a China estava em contato próximo com o CNT e apoiava seu papel na Líbia.

"Nossas linhas de comunicação com o CNT estão tranquilas", disse em coletiva de imprensa. "Eu gostaria de ressaltar que a instabilidade na Líbia é temporária, mas a amizade entre a China e a Líbia é de longo prazo."

"Valorizamos o status do Conselho Nacional de Transição e seu papel e estamos dispostos a manter contato próximo com eles e promover um firme desenvolvimento de relações bilaterais", afirmou.

Ao ser perguntada por que a China ainda não havia reconhecido o CNT como governo legítimo da Líbia, Jiang disse que isso ocorreria quando "as condições forem oportunas".

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