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Advogados afirmaram nesta terça-feira (7) que têm sofrido pressões para desistir de casos envolvendo o escândalo do leite contaminado na China. O leite com o componente químico melamina é responsável por quatro mortes de bebês e deixou mais de 54 mil crianças doentes, segundo dados oficiais.

O governo impôs restrições à cobertura da mídia da crise, argumentando que o problema não deve ter tanto espaço. Além disso, menos 14 advogados da província de Henan, no centro do país, foram orientados por funcionários do departamento judiciário da província a abandonar o caso.

"Eles (funcionários do governo) chamaram a mim e a meu chefe em meu escritório e me pressionaram", relatou Chang Boyang, um dos advogados. Os funcionários provinciais não haviam comentado o caso.

A melamina era acrescentada ao leite para fraudar testes de níveis protéicos. Com isso, pessoas da indústria de laticínios acrescentavam água ao produto, aumentando os lucros. Porém a substância pode causar problemas nos rins e até matar.

Vários países impuseram restrições ou mesmo proibiram produtos que contenham laticínios chineses. No Vietnã, por exemplo, o governo informou nesta terça-feira que 23 produtos continham melamina. A maioria dos itens contaminados veio da China. As informações são da Associated Press.

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