A China insinuou na quinta-feira que a liberação de verbas norte-coreanas congeladas em um banco de Macau, o que deveria levar Pyongyang a começar a fechar um reator nuclear, ainda não foi resolvida, mas os Estados Unidos disseram que foi.

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Washington disse que as autoridades de Macau desbloquearam cerca de 25 milhões de dólares em bens norte-coreanos no Banco Delta Ásia (BDA), de Macau, que haviam passado 18 meses congelados.

Mas Qing Gang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, disse em entrevista coletiva em Pequim: "Esperamos que a questão dos fundos bancários seja propriamente resolvida assim que possível."

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"As preocupações legítimas e razoáveis e os interesses de todas as partes devem ser tratados para que possamos encontrar uma forma de resolver adequadamente a questão assim que possível", acrescentou.

Foi uma referência às preocupações chinesas sobre como lidar com as contas do BDA, que Washington acusa de lavagem de dinheiro.

A Coréia do Norte insiste na devolução do dinheiro antes da desativação do seu reator nuclear de Yongbyon, que fornece plutônio capaz de produzir armas nucleares.

"O dinheiro deles está disponível, então não se trata mais do BDA na minha opinião. Trata-se das suas obrigações a respeito da desnuclearização. (A questão do) BDA acabou", disse o secretário-assistente de Estado, Christopher Hill, a jornalistas em Seul, onde se reuniu com autoridades.

O representante sul-coreano nas negociações pluripartites com a Coréia do Norte disse que a resolução completa da questão das contas pode levar alguns dias.

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"É hora de a Coréia do Norte avançar, e até que os norte-coreanos avancem não há nada que possamos fazer", disse Chun Yung-woo após reunião com Hill.

Isso significa que a Coréia do Norte deve descumprir o prazo, no sábado, para iniciar a desativação do reator, conforme prevê o acordo fechado em 13 de fevereiro pelos participantes do processo de paz - China, Estados Unidos, Coréia do Sul, Japão e Rússia.

A Coréia do Norte disse nesta semana a uma delegação comandada pelo governador do Estado norte-americano do Novo México, Bill Richardson, que deve começar nesta semana a desativar o reator, em um prazo de um dia depois de receber o dinheiro, e que para isso convidará inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica pela primeira vez desde 2002.