Ataque em universidade dos EUA mata pelo menos 33 pessoas

Polícia ainda não sabe o que motivou o atentado na Universidade Técnica de Virgínia.

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O estudante brasileiro de arquitetura Guilherme Talarico, de 21 anos, foi um dos primeiros estudantes a voltar à Universidade Técnica de Virginia, em Blacksburg, depois do tiroteio que matou 33 pessoas, inclusive o estudante atirador, ainda na segunda-feira à noite.

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"Tem policial para todos os lados, o clima está tenso. Toda a universidade está cercada", disse ele por telefone ao portal de notícias G1.

Talarico afirmou que trabalha em uma cafeteria dentro da universidade e por isso conseguiu entrar no local. "Quem trabalha na área de alimentação, é considerado empregado de emergência", afirmou.

Segundo o estudante, há policiais de todos os níveis. "Tem polícia da faculdade, da cidade, estadual, do condado e também do FBI... Mas estes do FBI a gente nem vê", falou.

Talarico contou também que o clima é muito pesado, a ponto de as pessoas evitarem até conversar muito. "Até o som ambiente, que normalmente só toca música, agora só fica no noticiário".

Atraso providencial

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Um atraso providencial salvou o brasileiro de passar um bom susto. Por chegar na universidade um pouco mais tarde do que o habitual, a polícia o impediu de entrar no prédio onde estuda porque o tiroteio já havia começado.

O estudante contou que chegou cerca de 15 minutos atrasado para a aula e estranhou quando viu o campus deserto e a porta do prédio trancada.

"Vi algumas pessoas dentro me dizendo para ir embora", afirmou. "Em seguida veio um policial correndo e gritando para eu sair de lá imediatamente porque tinha um atirador. Nem pensei. Corri para o carro e fui para casa."

Talarico comentou que seu principal receio era que uma das vítimas fosse alguém conhecido. "Achei que pudesse ter algum amigo meu de sala de aula, mas pelo que já pude perceber, não aconteceu nada com eles. Mas deu um medo, uma sensação estranha", afirmou ele.

Sem aula

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Nesta terça-feira (17) as aulas foram canceladas. Os professores e alunos foram convocados para reuniões para debater o assunto. A diretoria da universidade de Virgínia pede para que as pessoas tentem voltar à vida normal e que não tenham receio de voltar às salas de aula.

Dezenas de alunos, porém, deixaram os dormitórios provisoriamente da universidade. Com receio de um novo ataque e esperando a situação se acalmar, alguns fizeram as malas e saíram do local.

Para alguns estudantes e pais, a culpada pela tragédia foi a própria universidade.

Mais brasileiros

Outros estudantes e um professor, todos brasileiros, contaram o que viram ou ouviram na universidade.

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"Saí da aula e vi muita gente correndo, a gente não sabia o que fazer. Foi um tumulto", disse Deise Galan, de 19 anos.