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Crise política

Colômbia vai devolver soldados equatorianos capturados

Soldados colombianos capturaram 11 militares equatorianos que cruzaram a fronteira em momento de alta tensão entre os vizinhos andinos, mas autoridades do Equador minimizaram o acontecimento como um acidente.

Os dois oficiais e nove soldados foram pegos a 300 metros da fronteira na província de Putumayo no sábado, e serão entregues aos militares equatorianos na fronteira no domingo, informou em nota o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia.

Autoridades equatorianas dizem que os homens não estavam armados quando cruzaram o rio Putumayo, que separa os dois países naquele ponto junto à fronteira.

"Eles cruzaram para o outro lado do rio para comprar peixes, sem as armas. Isso acontece de vez em quando", disse o vice-ministro do Exterior, Lautaro Pozo, no Equador.

Os laços entre a Colômbia, aliada dos EUA, e o Equador estão estremecidos desde março do ano passado, quando tropas colombianas passaram pela fronteira para matar um líder dos rebeldes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em seu acampamento em território equatoriano.

Bogotá e Quito se digladiam por conta das acusações de Bogotá de que o presidente equatoriano, Rafael Correa, apoia as Farc. O governo do Equador responde que a Colômbia não consegue evitar que sua guerra, apoiada pelos EUA, atravesse a fronteira.

O incidente das tropas acontece no momento em que Correa recebe a cúpula sul-americana, na qual os presidentes vão discutir o plano da Colômbia de aumentar o acesso de tropas norte-americanas a suas bases militares.

O presidente colombiano, Alvaro Uribe, diz que as bases são uma extensão da cooperação com os EUA para operações contra o tráfico. Mas os governos sul-americanos mostraram preocupação.

A Colômbia, maior produtora mundial de cocaína, recebeu mais de 5 bilhões de dólares em ajuda militar de Washington para enfrentar os traficantes e os rebeldes das Farc.

Na sexta-feira, o presidente dos EUA, Barack Obama, negou que esteja planejando bases militares na Colômbia como parte de um acordo de segurança e afirmou não ter a intenção de mandar grandes números de soldados para a área.

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