O comandante militar dos Estados Unidos pressionou neste domingo (24) pelo fechamento da prisão na baía de Guantánamo, apesar da resistência cada vez maior do Congresso, dizendo que as instalações servem como um "símbolo de recrutamento" para os inimigos do país.
O almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas norte-americanas, defendeu as medidas do presidente Barack Obama para fechar a prisão instalada na base naval dos Estados Unidos em Cuba.
"Bom, a preocupação que eu tenho tido sobre Guantánamo nessas guerras é que ela tem sido um símbolo de recrutamento para os extremistas e jihadistas que lutam contra nós... Esse é o principal ponto de preocupação quanto à continuação da existência de Guantánamo", disse Mullen ao programa "This Week" da rede ABC.
"Eu defendi por um bom tempo que ela precisa ser fechada. O presidente Obama decidiu logo após a posse de que isso ocorreria até janeiro. E estamos todos trabalhando muito duro para cumprir esse prazo," acrescentou.
Obama disse na quinta-feira que está tentando limpar a "bagunça" legal que herdou de George W. Bush, responsável por abrir as instalações em 2002. Muitos críticos, entre os quais aliados próximos de Washington, condenaram a prisão, que para alguns abrigou práticas de tortura.
No mesmo dia, em defesa vigorosa da prisão de Guantánamo, o ex-vice-presidente Dick Cheney atacou o que ele chamou de "teoria do recrutamento," que defende que o tratamento norte-americano aos suspeitos de terrorismo mantidos na base tenha ajudado a al Qaeda e outros inimigos do país a atrair novos membros.
"É outra versão daquele velho lema da esquerda, ´nós trouxemos isso para nós mesmos´", disse Cheney.
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