O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta sexta-feira um relatório que acusa Israel e o Hamas de terem cometido crimes de guerra na Faixa de Gaza.

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Numa sessão especial, 25 países da comissão votaram a favor de uma resolução que critica Israel por não cooperar com a missão da ONU chefiada pelo jurista sul-africano Richard Goldstone. Outros 6 países votaram contra, e 11 se abstiveram.

Israel e o Hamas rejeitam as acusações que constam no relatório de 575 páginas relativo à guerra de dezembro e janeiro, que é mais crítico aos israelenses que aos palestinos,

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O texto pede que o Conselho de Segurança da ONU remeta o caso ao Tribunal Penal Internacional, caso os israelenses e palestinos não investiguem o caso por conta própria.

Mas a resolução aprovada em Genebra se limita a pedir que a Assembleia Geral da ONU considere o relatório de Goldstone e que o secretário-geral Ban Ki-moon informe o Conselho de Direitos Humanos a respeito da adesão de Israel ao texto.

Essas decisões no mínimo mantêm a pressão sobre o governo de Israel, que Washington tenta convencer a aderir ao princípio de uma "solução com dois Estados" (um israelense, outro palestino).

Os Estados Unidos haviam dito que votariam contra a resolução do Conselho de Direitos Humanos, redigida pelos palestinos com o apoio do Egito, da Nigéria, do Paquistão e da Tunísia, em nome dos países não-alinhados e de nações africanas, islâmicas e árabes.

A Grã-Bretanha disse na sexta-feira que o governo de Israel havia pedido a Londres que, em vez de se abster, como estava previsto, votasse contra o relatório.

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O embaixador de Israel na ONU em Genebra, Aharon Leshno Yaar, disse pouco antes da votação que a resolução era claramente desequilibrada e não estimulava as negociações de paz no Oriente Médio.

O encarregado de negócios dos EUA em Genebra, Douglas Griffiths, disse que Washington votaria contra a resolução porque ela não levava em conta os erros do Hamas e condenava Israel por "varrer as conclusões da lei."

Taher Al Nono, porta-voz do governo do Hamas em Gaza, disse que o grupo islâmico irá investigar as recomendações do relatório, mas não se pronunciou a respeito das acusações lançadas por Goldstone contra o Hamas.