A Comissão Eleitoral da Tailândia defendeu nesta segunda-feira (27) o adiamento por seis meses, até agosto, das eleições previstas para este domingo, diante dos protestos antigovernamentais nos quais morreram dez pessoas e 571 ficaram feridas.
Somchai Srisuthiyakorn, comissário encarregado da organização do pleito, assinalou que assim comunicará à primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, com quem se reunirá amanhã para abordar a crise.
"O atraso não deveria ser mais longo do que seis meses a partir de 2 de fevereiro. Achamos que é um período de tempo adequado", declarou Somchai, segundo o jornal Bangcoc Post.
"Não queremos um intervalo longo demais, já que isso ia representar que o Governo ficaria tempo interino demais, o que prejudicaria o país, já que um Governo interino não pode fazer muito", acrescentou o comissário.
"Ao mesmo tempo, precisamos de tempo para resolver os conflitos na sociedade", disse Somchai.
A proposta da Comissão Eleitoral aconteceu no dia seguinte ao que os manifestantes antigovernamentais impediram o voto antecipado em 89 das 375 circunscrições no país com o bloqueio de vários colégios eleitorais.
Um total de 440 mil pessoas, 22% dos dois milhões registrados para a votação antecipada, não puderam comparecer às urnas, principalmente no sul e na capital, onde os antigovernamentais fecharam 90% dos centros habilitados para o voto.
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