A comunidade internacional deve tentar obter em 2009 um acordo para reduzir em 30 por cento as emissões de gases do efeito estufa, disse na sexta-feira o comissário europeu de Energia, Andris Piebalgs.
``Agora que decidimos como vamos agir (na UE), devemos chegar a algum tipo de acordo (global), na minha opinião em 2009'', disse ele a jornalistas num evento empresarial.
Líderes europeus decidiram na semana passada adotar como meta a redução de 20 por cento nas emissões de gases do efeito estufa até 2020, podendo chegar a 30 por cento se outros países importantes, como EUA, Rússia, China e Índia, fizerem o mesmo.
Fechar um acordo em 2009 daria tempo para que ele fosse ratificado no ano seguinte e entrasse em vigor em 2012, quando expira o Protocolo de Kyoto, segundo Piebalgs.
O prazo citado por ele leva em conta também o fim do mandato do presidente dos EUA, George W. Bush, em janeiro de 2009. Após assumir o poder, em 2001, Bush retirou os EUA do Protocolo de Kyoto, tratado da ONU que estipula aos países desenvolvidos reduções nas emissões dos poluentes responsáveis pelo aquecimento global.
Piebalgs reiterou que caberia a cada país decidir sobre o uso da energia nuclear.
Nesta semana, o Partido Verde se disse cético com o cumprimento das novas metas européias para a adoção de combustíveis renováveis.
O comissário disse, porém, que haverá medidas jurídicas para quem não cumprir as regras, que precisariam ser submetidas aos governos nacionais.