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Tensão

Conflito somali intimida médicos

Criança somali é recebida por médicos em um hospital de Mogadíscio | Roberto Schmidt/AFP
Criança somali é recebida por médicos em um hospital de Mogadíscio (Foto: Roberto Schmidt/AFP)

Mogadíscio - Rebeldes islâmicos do Al Sha­­baab entraram em confronto on­­tem com tropas do governo so­­mali e soldados da força de paz da União Africana no norte de Mo­­ga­­díscio, levando médicos e crian­­ças a deixar um hospital atingido por balas perdidas.

O grupo inspirado pela Al Qae­­da, que enfrenta problemas fi­­nan­­ceiros e rixas entre seus principais comandantes, retirou a maio­­ria de seus combatentes da capital somali este mês, mas ainda im­­põe alguma resistência em áreas de Mogadíscio. Permanece a amea­­ça de ataques de guerrilha.

O Al Shabaab promove uma insurreição há quatro anos contra o governo apoiado pelo Oci­­dente e as forças de paz da União Africana (UA), que foram mobilizadas para ajudar a manter a paz no país afetado por duas décadas de conflito civil desde a derrubada, em 1991, do ditador Moha­­med Siad Barre.

O diretor en­­carregado da Somália na organização de caridade SOS Chil­­dren, Ah­­med Ibrahim, disse que as tropas do governo e as forças de paz da UA avançaram em direção ao segmento norte de Mo­­gadíscio nos últimos três ou quatro dias.

"Parece que eles tiveram alguma resistência do Al Sha­­baab hoje [ontem]", afirmou Ahmed Ibrahim. "Temos tido balas perdidas no hospital. Nós retiramos as crianças. Os pa­­cientes começaram a sair correndo e parte da equipe fugiu do hospital", disse, acrescentando que algumas pessoas ainda permanecem no complexo que inclui o hospital e um orfanato.

"Hoje, disparos de artilharia nos deixaram surdos", diz Dahir Abdulle, enfermeiro no hospital SOS.

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