Pelo menos nove pessoas morreram nesta sexta-feira (25) na cidade de Suez, no leste do Egito, em confrontos entre a polícia e os manifestantes antigoverno, informaram à Agência Efe fontes de serviços médicos e de segurança.
Veja fotos do protesto no Cairo
O Ministério da Saúde do país anunciou em comunicado a morte de quatro pessoas nessa cidade, mas outras cinco faleceram, segundo as fontes, após terem sofrido ferimentos graves nos distúrbios, que ocorrem na maioria das províncias egípcias em um dia no qual é lembrado o segundo aniversário da revolução que derrubou o ex-ditador Hosni Mubarak.
Segundo o Ministério, o número de feridos em todo o país chega a 379, a maioria deles na capital Cairo (82), onde os distúrbios se estenderam pelas principais ruas do centro, que ficaram cheias de gás lacrimogêneo lançados pela polícia.
A praça Tahrir ficou vazia em várias ocasiões por ter sido praticamente impossível respirar devido ao gás. Porém, quando se dissipava seu efeito, os manifestantes voltavam imediatamente a suas posições, como pôde constatar a reportagem da Agência Efe.
Além disso, na região de Maspero, onde fica a sede da rede de rádio e televisão estatal, a polícia e os jovens se enfrentaram em outra batalha campal.
As cidades palco dos maiores protestos são as mesmas que em 25 de janeiro de 2011 apoiaram em maior medida o levante contra Hosni Mubarak, principalmente Alexandria, Suez, Ismailya, Port Said e Mahala al Kubra.
As fontes de segurança explicaram à Efe que em Suez o número de feridos é de 40, vários deles com gravidade, e que os confrontos são cada vez mais intensos.
Os manifestantes protestam contra o presidente, Mohammed Mursi, e seu grupo de origem, a Irmandade Muçulmana, por considerar que querem monopolizar o poder.
Protestos tomam contra da Praça Tahrir
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura