O Congresso boliviano adiou para sexta-feira (17) a votação da lei que convoca o referendo sobre a nova Constituição, para dar mais tempo à comissão multipartidária que negocia um acordo.
O anúncio foi feito pelo presidente do Senado, Alvaro García, que também é vice-presidente da República. Enquanto isso, milhares de sindicalistas e camponeses tiravam um dia de descanso no meio do caminho da sua marcha de 200 quilômetros até La Paz, onde vão pressionar pelo referendo.
Para que a lei seja aprovada, o governo precisa reunir dois terços dos votos no Congresso, o que significa contar com a boa vontade da oposição, que exige mudanças no texto aprovado em dezembro pela Assembléia Constituinte - onde os adversários do governo socialista de Evo Morales tinham escassa representação.
O governo aceitou "corrigir contradições" na nova Carta, o que pode permitir um consenso. "Estamos às portas de um grande acordo, um grande reencontro que não só vai tranquilizar e unificar os bolivianos em um só texto constitucional, como também resolve as grandes contradições, as grandes fissuras que a Bolívia arrasta desde sua fundação como república, em 1825", disse García.
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