O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou as violações aos direitos humanos e o uso da força contra civis pelas autoridades sírias em um comunicado divulgado nesta quarta-feira.
O Líbano, vizinho da Síria e onde a influência de Damasco é forte, se desvinculou da declaração acordada pelos outros 14 membros do conselho.
O documento "condena as violações disseminadas dos direitos humanos e o uso da força contra civis pelas autoridades sírias" e pede que Damasco cumpra com suas obrigações de acordo com a lei internacional.
O texto também "pede pelo fim imediato a toda forma de violência e que todos os lados ajam com o máximo de moderação e se abstenham de represálias, incluindo ataques contra instituições do Estado."
Essa frase foi um aceno à Rússia e a outros países que pediram por uma declaração equilibrada que atribuiria culpa a ambos os lados pela violência em meio ao levante que já dura cinco meses contra o presidente Bashar al-Assad.
Uma resolução do Conselho de Segurança sobre a Síria redigida por países do Leste Europeu esteve durante dois meses na mesa do conselho, mas enfrentou oposição da Rússia, da China e de diversos países não-alinhados.
Os europeus retomaram o documento esta semana, após a violência do fim de semana na cidade síria de Hama, no qual mais de 80 pessoas morreram.
O Brasil, que é integrante temporário do Conselho de Segurança, emitiu nota na segunda-feira condenando a ação síria contra os manifestantes em Hama.
A Rússia e seus simpatizantes acabaram concordando com uma ação do conselho, mas insistiram que a medida seja apenas uma declaração, que é mais fraca do que uma resolução, afirmaram diplomatas.