O principal corpo legislativo do Irã decidiu convidar os três candidatos derrotados na contestada eleição presidencial da semana passada para um encontro no sábado (20) para discutir suas queixas, disse um porta-voz nesta quinta-feira (18).

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O porta-voz do Conselho Guardião disse também à rádio estatal que os 12 membros do organismo começaram a examinar cuidadosamente um total de 646 queixas submetidas em conexão com a eleição de 12 de junho, cujos resultados oficiais revelaram a vitória do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

O principal rival de Ahmadinejad, o moderado Mirhossein Mousavi, pediu a anulação do pleito.

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O conselho disse que está pronto para recontar as urnas, mas descartou anular a eleição.

Os dois outros candidatos derrotados são o clérigo reformista Mehdi Karoubi e o conservador Mohsen Rezaie, um ex-chefe da Guarda Revolucionária iraniana.

O porta-voz do Conselho Guardião Abbasali Kadkhodai disse que os três candidatos poderão expor suas queixas aos membros do conselho em uma reunião extraordinária no sábado.

As queixas incluirão a falta de cédulas eleitorais, a tentativa de convencer ou forçar pessoas a votar em um candidato em particular e a proibição ou expulsão de representantes de candidatos em locais de votação, disse Kadkhodai.

"Nós começamos um exame cuidadoso das queixas comunicadas e a classificação das queixas foi iniciada", disse ele à rádio.

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O conselho consiste de seis clérigos indicados pelo líder supremo Aiatolá Ali Khamenei e seis juristas islâmicos.

O órgão deve assegurar que todas as leis aprovadas pelo parlamento estão de acordo com a lei islâmica Sharia e a constituição iraniana. O conselho também pode vetar candidatos à presidência e deve aprovar os resultados das eleições.

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