Coreia do Sul e Estados Unidos reforçarão sua cooperação e suas dotações para enfrentar possíveis ciberataques, depois que em meados de março várias entidades sul-coreanas sofreram um ataque em massa, informou nesta segunda-feira (1º) o Ministério da Defesa de Seul.
"Cooperaremos com os EUA para preparar medidas em política cibernética, tecnologia e informação", confirmou à agência Yonhap um porta-voz de Defesa, por causa dos recentes ataques sofridos na Coreia do Sul, e que se suspeita foram orquestrados desde Pyongyang.
Neste sentido, no dia 20 de março aconteceu um blecaute repentino nos computadores das redes de televisão KBS, YTN e MBC, e dos bancos Shinhan, Jeju e Nonghyup, que paralisou completamente seus sistemas de computação durante vários dias.
Em um primeiro momento as autoridades sul-coreanas atribuíram o ataque a um código procedente de um endereço IP da China, o que alimentou as suspeitas do envolvimento da Coreia do Norte, mas posteriormente foram encontradas evidências de computadores de Europa e EUA, enquanto continuam as investigações.
Responsáveis de Seul, que conta desde 2010 com uma unidade especial de cerca de 400 profissionais especializada em crimes cibernéticos, asseguraram hoje ter achado métodos de dissuasão perante possíveis ciberataques, sobretudo perante as ameaças do Norte, que se acredita conta com um "Exército cibernético" composto por cerca de 3.000 hackers.
Espera-se que Coreia do Sul e EUA decidam antes de julho as linhas mestras de sua nova estratégia para lutar contra o terrorismo virtual.
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