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Três milhões de cubanos, segundo a Central de Trabalhadores de Cuba, participaram de atos para expressar sua lealdade a Raúl Castro, que, uma semana atrás, assumiu o controle do país temporariamente, depois que seu irmão Fidel foi submetido a uma cirurgia intestinal.

Fidel Castro, que completa 80 anos no domingo, abriu mão do poder temporariamente em 31 de julho, pela primeira vez em quase meio século.

Funcionários e membros do Partido Comunista da ilha foram informados de que o dirigente saiu da ala de terapia intensiva e de que está se recuperando.

"Mais de 3 milhões de trabalhadores expressam o respaldo absoluto ao Partido, a Raúl e a nosso governo", afirmou uma carta endereçada a Fidel e publicada, na segunda-feira, na primeira página do Trabajadores, o jornal da Central de Trabalhadores de Cuba.

Raúl Castro, um general de 75 anos, não foi visto em público desde que assumiu o comando do Conselho de Estado, das Forças Armadas e do Partido Comunista.

Segundo o sindicato, nas 72 horas seguintes à transferência de poder foram realizados 80 mil comícios em todo o país.

"A classe operária de Cuba cumprirá seus deveres patrióticos, lutará até a última gota de sangue para defender a revolução e apoiará as medidas que forem necessárias para salvaguardar este processo histórico", afirmou a Central de Trabalhadores na carta dirigida a Fidel.

O presidente do Parlamento cubano, Ricardo Alarcón, afirmou no final de semana a uma rádio dos Estados Unidos que, depois da operação, o presidente cubano pode não voltar a ser a figura onipresente que governou o país ininterruptamente desde a vitória da revolução comandada por ele, em 1959.

Mas o Granma, jornal do Partido Comunista, afirmou que a recuperação do líder é impressionante.

"Há algumas horas, um amigo, depois de se encontrar com o Comandante, ficou impressionado com a recuperação dele e nos disse: 'Ele é uma baraúna!"', escreveu o diário, citando o nome de uma árvore de madeira valiosa, dura e resistente, encontrada na região leste de Cuba, onde nasceu Fidel.

Na Província ocidental de Pinar del Río, o ministro cubano do Açúcar, general Ulises Rosales del Toro, prometeu a Fidel plantar 126.000 hectares de cana para intensificar a produção de açúcar, que ficou em cerca de 1,2 milhão de toneladas, um dos níveis mais baixos do último século.

"Em nome dos produtores cubanos de açúcar, Rosales del Toro mostrou estar confiante ao garantir a Fidel que serão cumpridos os compromissos de semeadura", afirmou o Granma.

As informações sobre a saúde de Fidel, um assunto classificado pelo próprio dirigente como um "segredo de Estado", continuam limitadas.

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