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Roberto Fernández Retamar, membro do Conselho de Estado de Cuba, disse nesta segunda-feira que a saída do poder do presidente Fidel Castro, por motivos de saúde, deu lugar a uma "sucessão pacífica" na ilha.

É a primeira vez que um integrante do governo comunista de Cuba utiliza a palavra "sucessão" ao se referir à transferência de poder realizada no dia 31 de agosto por Fidel a seu irmão Raúl Castro .

- Eles (os Estados Unidos) tinham previsto que não era possível viver uma sucessão pacífica em Cuba. Ocorreu uma sucessão pacífica em Cuba - disse Retamar, que também é presidente da Casa das Américas. - Fidel não está à frente de Cuba e o caos não se apoderou deste país - acrescentou.

Sucessor

Raúl Castro, um general de 75 anos, é o sucessor designado pela Constituição do país.

A Central dos Trabalhadores Cubanos (CTC) disse que 3 milhões de trabalhadores se reuniram em Cuba nos últimos dias para desejar uma recuperação rápida a Fidel e para demonstrar seu apoio a Raúl Castro e ao Partido Comunista.

O presidente norte-americano, George W. Bush, disse que cabe aos cubanos decidir mudar a "situação tirânica" da ilha.

- Nosso desejo para o povo cubano é que ele seja capaz de escolher sua forma de governo(...) e deixaremos isso muito claro, já que Cuba tem a possibilidade de se transformar de uma situação tirânica para um outro tipo de sociedade - disse Bush numa entrevista coletiva.

Os EUA vêm tentando há décadas tirar Fidel do poder, mas autoridades americanas disseram na semana passada que não há planos para uma intervenção militar.

Enquanto a política dá o tom das discussões, o estado de saúde de Fidel, na versão oficial, ainda segue um mistério. O jornal "Granma", do Partido Comunista, não trouxe informações sobre a saúde de Fidel, publicando apenas um poema em que o compara a uma árvore cubana chamada caguairán, conhecida por sua dureza.

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