O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, Elizardo Sanchez, revelou hoje os nomes de nove prisioneiros que aparentemente serão libertados pelo governo cubano caso aceitem o exílio. Fazem parte da lista pessoas condenadas por crimes violentos como sequestro, ataque e pirataria.
Durante entrevistas formais na cadeia, foi dito aos nove homens que fizessem uma lista com não mais que oito familiares que poderiam ir com eles para o exílio, disse Sanchez. "Essa grande libertação é uma boa notícia", afirmou ele, em comunicado, por escrito. O governo de Cuba não se pronunciou sobre o assunto.
Rumores sobre as libertações - que surgiram no último final de semana - são o último sinal da aparente decisão de Cuba de não limitar a libertação aos 52 "prisioneiros de consciência" cuja liberação já foi prometida. Esses detentos - encarcerados durante uma ação realizada em 2003 - foram presos por causa de seu ativismo não violento e são considerados prisioneiros políticos pela Anistia Internacional.
O governo mantém cerca de 100 outros prisioneiros que não estão na lista da Anistia, muitos porque foram condenados por assassinato, sequestro ou outros crimes violentos. Algumas organizações de direitos humanos acreditam que as condenações e a extensão das sentenças foram politicamente motivadas.