Considerado a autoridades mais importante a morrer no conflito sírio, o ministro da Defesa Dawoud Rajha, morto nesta quarta-feira em uma explosão na sede da Segurança Nacional, em Damasco, era também vice-presidente do Comando Geral do Exército e do Conselho de Ministros da Síria.
Nascido em 1947, na própria capital síria, o general Rajha, um cristão ortodoxo, teve uma longa carreira nas Forças Armadas. Em 1967, ele se formou no Exército, onde se especializou em artilharia. Em 1998 virou tenente, e em 2005 ganhou o título de general. Rajha também ocupou o posto de chefe do Estado Maior, cargo que exerceu até ser nomeado ministro da Defesa em agosto do ano passado, cinco meses após o início dos levantes antigovernistas na Síria.
Segundo a TV estatal, Rajha, de 65 anos, morreu em um atentado durante uma reunião entre ministros e agentes de segurança, em Damasco. O general era o cristão com posto mais alto no governo de Bashar al-Assad.
No último mês de março, o Tesouro americano impôs sanções a Rajha por seu papel na repressão síria. A União Europeia fez o mesmo, acusando-o de ser responsável por envolver os militares no levante popular.
Rajha já tinha sido declarado morto pelos rebeldes em um ataque com veneno em maio deste ano. Na época, opositores disseram ter envenenado ainda Assef Shawkat - morto nesta quarta-feira - e Hassan Turkmani. Os boatos foram depois desmentidos pelo governo de Damasco.
O ataque desta quarta-feira também foi reivindicado por grupos rebeldes - dois deles assumem a autoria do atentado, o Exército Livre Sírio e a Brigada Islâmica.