| Foto: Jay Laprete/AFP

O magnata Donald Trump foi alvo de duras críticas, nesta segunda-feira (1º.), inclusive de seus correligionários, depois de atacar a família de um oficial americano muçulmano morto em combate, tema tabu nos Estados Unidos e um passo em falso que pode lhe custar caro. No dia ruim, o candidato à Casa Branca pelo Partido Republicano ainda viu ainda sua adversária, Hillary Clinton, superá-lo nas pesquisas de intenção de voto.

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“É hora de Donald Trump dar o exemplo ao nosso país e ao partido republicano”, declarou em nota, bastante indignado, o respeitado senador pelo Arizona, o republicano John McCain, ele mesmo um veterano de guerra.

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Desta vez, Trump foi criticado por todos os lados por insultar publicamente a família do capitão muçulmano do Exército americano Humayun S. M. Khan, morto no Iraque em 2004, quando tentava salvar seus homens.

Em discurso na quinta-feira passada (28) contra o magnata, no último dia da Convenção Nacional Democrata, Khizr Khan, pai do soldado, rejeitou as declarações de Trump contra muçulmanos e contra imigrantes. Khan estava acompanhado da mulher, Ghazala, que ficou o tempo todo a seu lado em silêncio.

“O senhor Khan, que não me conhece, me atacou viciosamente do púlpito do Partido Democrata e continua fazendo isso agora na TV - simpático!”, alfinetou o bilionário no Twitter, nesta segunda-feira, depois de já ter investido contra a família Khan, nos últimos dias. “Se olhar sua esposa, ela estava parada ali. Não tinha nada a dizer”, declarou Trump, completando: “talvez não tenha permitido que ela dissesse nada”.

Em artigo de opinião publicado no jornal “The Washington Post” no domingo (31), Ghazala Khan rebateu Trump, explicando que a dor a impedia de falar.

“O fato de que o partido o tenha indicado, não lhe dá o direito de difamar os melhores de nós”, reclamou McCain em seu comunicado.

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Queda nas pesquisas

Além das críticas, Trump também teve de enfrentar os números. Pesquisa da rede americana CNN divulgada nesta segunda-feira (1º) mostrou que a candidata democrata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, recuperou a liderança frente ao republicano.

Hillary tem 45% das intenções de voto nacionalmente ante 37% de Trump. O candidato libertário Gary Johnson tem 9%, e a indicada pelo Partido Verde, Jill Stein, aparece com 5%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 29 e 31 de julho, ou seja, após a Convenção Nacional Democrata, que terminou no dia 28.

O último levantamento da CNN, divulgado na semana passada após a convenção republicana, trazia Trump na liderança (44% a 39%). Johnson tinha os mesmos 9%, enquanto Stein aparecia com 3%.

A democrata também lidera pesquisa da rede CBS divulgada nesta segunda: 46% a 39%.

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Na média entre todas as pesquisas, calculada pelo site Real Clear Politics, Hillary tem 45,9% das intenções de voto. Trump tem 42%.