Tufão Sepat mata 29 pessoas e destrói casas
Pelo menos 29 pessoas morreram e 14 estão desaparecidas no sudoeste da China após a passagem do tufão Sepat, que chegou à região no dia 19, segundo a agência oficial chinesa "Xinhua".
O furacão Dean perdeu ainda mais sua potência ao chegar na costa mexicana na madrugada de terça-feira (21), para alívio dos brasileiros que passam as férias em Cancún -um dos balneários mais famosos do país.
Após atingir a categoria 5 da escala Saffir-Simpson -o nível máximo já registrado-, Dean caiu agora para a categoria 2, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos. A categoria 5 é quando o furacão tem ventos de cerca de 250 km/h.
Em entrevista, por telefone, a brasileira Vanessa González conta que "até saiu um solzinho" na manhã de terça-feira. "Aqui está bem tranqüilo, tem até um solzinho. Durante a madrugada teve vento e chuva. Deu para ter uma idéia do que teria sido.
Segundo o relato da brasileira, o momento de maior tensão ocorreu por volta das 3h30 da manhã. "Mas ainda assim foi relativamente tranqüilo, não houve grandes estragos. Alguns hotéis mandaram os hóspedes para os abrigos apenas por precaução."
Medo no México
Os turistas que passam as férias nas praias mexicanas concentraram-se em um hotel que serve de abrigo para 400 pessoas em Playa del Carmen, onde os ventos violentos balançaram as palmeiras. Alguns quartos abrigaram até 12 pessoas.
"Podemos ficar dois ou três dias sem água e eletricidade", disse a italiana Emanuela Beriola, de 41 anos, que estocou carne enlatada, bebidas energéticas e atum.
No México, soldados e policiais patrulham a região turística para garantir o toque de recolher decretado pelo governo estadual.
Em 2005, a península Iucatán foi devastada pelo furacão Wilma, que atingiu Cancún e outras praias, matando sete pessoas e provocando US$ 2,6 bilhões (cerca de R$ 5,2 bilhões) em danos.
A estatal petrolífera do México retirou todos os funcionários de seus 407 poços em Campeche Sound, em perdas de 2,65 milhões de barris por dia.
Em Belize, ex-colônia britânica de 250 mil habitantes, a tempestade levou chuvas fortes. Na Jamaica, onde o furacão passou no fim de semana, estradas estão bloqueadas por árvores caídas e postes de energia. Duas pessoas morreram, segundo a polícia.
Ao todo, 11 pessoas morreram em conseqüência da passagem do furacão. O Haiti foi o mais atingido, com quatro mortes (clique aqui para ler a continuação desta reportagem).
'Operação de guerra'
As autoridades mexicanas deslocaram mais de 50 mil turistas nos últimos três dias, temendo a chegada do furacão "Dean", informou na segunda-feira o Ministério de Comunicações e Transportes do México.
Os turistas mexicanos e estrangeiros foram retirados em cerca de 700 operações aéreas comerciais, gerais e de resgate. A base principal foi o Aeroporto Internacional de Cancún.
Os mexicanos foram levados à Cidade do México e a Toluca, a cerca de 60 quilômetros da capital mexicana. Os estrangeiros embarcaram rumo a Nova York, Newark, Miami, Houston, Atlanta e Denver, nos Estados Unidos, além de Montreal e Calgary, no Canadá, e a cidades européias.
Companhias aéreas aumentaram suas operações para retirar mais turistas.
Apesar da emergência, segundo o Ministério de Comunicações, o serviço de transporte aéreo trabalha com a sua "máxima capacidade".
O secretário (ministro) de Segurança Pública, Genaro García Luna, informou que se estabeleceu um reforço territorial de 550 agestes de segurança e auxílio social na península de Iucatã.
O Exército mexicano iniciou uma operação para proteger a população, com 105 patrulhas, dois veículos anfíbios e dois aviões Boeing 727 de alta capacidade operacional.
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