Veja o tamanho do degelo no pólo norte| Foto:

A recuperação de parte do gelo que havia derretido no Ártico até 2007, ano em que a área congelada foi a menor já registrada, serviu de munição para os céticos das mudanças climáticas. Os cientistas, porém, são categóricos em afirmar que o derretimento tem relação com o aquecimento global e tende a continuar.

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Apesar de em 2008 e 2009 ter havido recuperação de parte da área do Ártico perdida devido ao derretimento, estes foram os anos de terceira e segunda menor área registrada, respectivamente, desde o início do monitoramento, via satélite, das geleiras, em 1970. Se, em 1996, a área congelada era de quase 8 milhões de km², em setembro deste ano ela somou 5,3 milhões de km².

O degelo de 2008 permitiu pela primeira vez o trânsito de navios pelas passagens Nordeste e Noroeste do Ártico, o que pode resultar em novas rotas comerciais por algumas semanas do ano.

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Porém, além de ameaçar a sobrevivência das espécies, o derretimento das geleiras compromete comunidades que dependem de água do degelo, como nos Andes bolivianos e no Himalaia, e poderia causar o aumento do nível dos oceanos. O derretimento completo das geleiras da Groenlândia elevaria o nível dos mares em 7 metros, a da calota antártica a mais de 70 metros.

O derretimento das geleiras de altitude, principalmente as do Himalaia, ameaça o abastecimento de água em inúmeras regiões, como o norte da Índia e a China. As geleiras dos Andes tropicais perderam entre 30% e 100% de sua superfície em 30 anos, as dos Pirineus podem desaparecer até 2050, e 85% da calota polar que recobriam o Kilimanjaro, na África, em 1912, já haviam desaparecido em 2007.