Terceiro incidente em uma semana
O desaparecimento do voo operado pela Air Algerie é o terceiro incidente aéreo de grandes proporções em uma semana.
Na quinta-feira da semana passada, dia 17, um avião da companhia Malaysia Airlines caiu no leste de Ucrânia, supostamente abatido por um míssil, matando 298 pessoas. Os corpos das vítimas começaram a ser enviados à Holanda, país de nacionalidade da maioria dos mortos.
Na quarta-feira (23), um avião de menor porte caiu em Taiwan ao tentar uma aterrissagem de emergência. Até o momento, o acidente contabiliza 47 mortos, sendo que 11 pessoas ficaram feridas.
Foram avistados perto na cidade de Gossi, no Mali, na África, destroços que parecem ser do avião da companhia Air Algerie que desapareceu no ar, nesta quinta-feira (24), com 116 pessoas a bordo. Mais cedo, o chanceler francês, Laurent Fabius, disse que a aeronave "provavelmente" caiu. Um representante da agência argelina de aviação confirmou à Reuters que a aeronave caiu.
O controle teria perdido contato com o avião à 1h55 (22h55 de Brasília), cerca de 50 minutos após a decolagem de Uagadugu, capital de Burkina Fasso, rumo a Argel, capital da Argélia. Autoridades de Burkina Fasso afirmaram que entregaram o voo à torre de controle de Niamey, Níger, à 1h38. Eles disseram que o último contato com o voo ocorreu logo após 3h30.
Segundo Fabius, ainda não há nenhum sinal de escombros, e as buscas estão sendo realizadas por caças franceses "em uma vasta zona do território malinense ao redor da região de Gao". A cidade de Gao é controlada pelo governo malinense, em grande parte, mas também é palco de violência separatista.
O avião operado pela Air Algerie - um modelo MD-83 pertencente à companhia aérea privada espanhola Swiftair - levava seis tripulantes (espanhóis) e 110 passageiros. Destes, mais de 50 eram franceses. Outros 27 eram burquinenses. Não há confirmação sobre a nacionalidade dos demais.
Acidentes
O episódio é o último de uma série de desastres aéreos. Em março, o voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu com 239 pessoas a bordo quando ia de Kuala Lumpur (Malásia) para Pequim (China).
Na semana passada, outro avião, também da Malaysia Airlines, um Boeing-777, foi derrubado aparentemente pelo disparo de um míssil na região ucraniana de Donetsk, perto da fronteira com a Rússia. O medo de que algo parecido ocorresse em Israel fez empresas americanas e europeias suspenderem voos internacionais para o aeroporto de Tel Aviv -a maioria já retomou as atividades.
Ademais, nesta quarta (23), um avião da Transasia Airways caiu em Taiwan durante um temporal, matando 48 pessoas.
Confusão sobre o momento do desaparecimento
A agência de notícias estatal argelina APS disse que as autoridades locais perderam contato com o voo AH 5017 uma hora depois de ele decolar de Burkina Faso, embora outras autoridades tenham dado informações diferentes sobre o momento do desaparecimento, o que aumentou a confusão sobre o destino do avião e onde ele poderia estar.
Em meio à confusão, uma autoridade da aviação civil argelina informou que o último contato com o avião foi à 1h55 GMT (22h55 em Brasília), quando sobrevoava a cidade de Gao, no Mali. Mas autoridades da aviação em Burkina Faso afirmaram ter passado o controle do avião para a torre de Niamey, no Níger, à 1h38 GMT. Elas disseram ter perdido o contato com o aparelho logo depois das 3h30 GMT.
Causas para a queda
O Ministério de Transportes argelino instalou um gabinete de crise no aeroporto de Argel.
O jornal local Al Watan disse que as autoridades não descartam nenhuma possibilidade entre as causas do acidente, como problemas técnicos, meteorológicos ou um atentado.
A região na qual o avião estava no momento do desaparecimento é o o nordeste do Mali, onde existem focos de jihadistas que lutam contra as forças regulares do país.
Avião teria sido usado pelo Real Madrid
Segundo o site do jornal espanhol Marca, o MD-83 que fazia o voo AH 5017, que caiu nesta quinta-feira (24), já foi usado pelo Real Madrid. O time espanhol teria usado a aeronave, de prefixo EC-LTV, entre 2007 e 2009.
STF abre brecha para anulação de milhares de condenações por improbidade administrativa
“ADPF das Favelas” caminha para o fim, mas deixa precedentes graves de ativismo judicial pelo STF
A ousadia do crime organizado
Trump confirma Musk em órgão de eficiência governamental e fala em novo “Projeto Manhattan”