Após a Rússia ter dito que vai entregar à ONU provas de que rebeldes orquestraram um ataque com armas químicas que matou milhares de pessoas nos subúrbios de Damasco, o presidente Bashar al-Assad afirmou que a Síria está disposta a entregar seu arsenal para qualquer país que se comprometa a destrui-lo. Em entrevista à emissora americana FOX News, ele afirmou que o desmantelamento das armas custaria cerca de US$ 1 bilhão e demoraria aproximadamente um ano.
"A história toda não bate. Nós não usamos armas químicas", afirma Assad. "Ninguém conferiu a credibilidade dos vídeos divulgados."
Mais cedo, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, afirmou que seu governo entregará ao Conselho de Segurança da ONU provas de que rebeldes usaram armas químicas na Síria. Segundo ele, autoridades sírias disponibilizaram a Moscou evidências do envolvimento dos combatentes da oposição no ataque químico de 21 de agosto.
Antes do anúncio de Lavrov, o vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, classificou a investigação dos inspetores da ONU sobre o ataque de tendenciosa e unilateral. Apesar de não apontar culpados, o relatório das Nações Unidas sugere que as forças do presidente sírio foram responsáveis pelo atentado, de acordo com as potências ocidentais.
"Vamos discutir tudo isso no Conselho de Segurança, juntamente com o relatório, que foi apresentado por especialistas da ONU e que confirma que foram usadas armas químicas. Teremos que descobrir quem fez isso", disse Lavrov.
Em resposta às críticas da Rússia, as Nações Unidas defenderam o relatório e afirmaram que os resultados são "indiscutíveis".
"Eles (resultados) falam por si e este foi um relatório completamente objetivo sobre esse incidente específico", afirmou o porta-voz Martin Nesirky.
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