Acuado pelas maiores manifestações antirregime desde que as revoltas no mundo árabe chegaram ao Iêmen, o ditador Ali Abdullah Saleh se voltou ontem contra os Estados Unidos, acusando o aliado de instigar protestos ao lado de Israel.
"Vou revelar um segredo. Há um centro de operações em Israel com objetivo de desestabilizar o mundo árabe, e ele é dirigido pela Casa Branca, disse Saleh.
O ditador ironizou ainda Barack Obama, dizendo que o presidente americano age como se fosse "o presidente do mundo ao exigir comedimento aos líderes árabes na reação aos protestos.
A acusação foi respondida pelo porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, que exortou o líder iemenita a promover reformas políticas em vez de buscar "bodes expiatórios.
A manobra tenta explorar disseminado sentimento antiamericano entre a população, contrária às incursões dos EUA no Iêmen em nome do combate à Al Qaeda. EUA e Iêmen mantêm estreita cooperação contra o braço da Al Qaeda na região.
As acusações, no entanto, não lograram conter os manifestantes, que se em pelo menos cinco cidades do país para pedir a saída de Saleh.
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