Londres - Seif al-Islam Kadafi, filho do líder líbio Muamar Kadafi, negou que o governo de seu pai tenha atacado civis. A declaração foi feita ontem durante uma entrevista à emissora britânica Sky News. "Dê-me apenas uma única evidência", disse o filho de Kadafi, dizendo aos jornalistas que eles estavam livres para ir a qualquer lugar do país.
Indagado se ele categoricamente negava que o regime havia atacado seu próprio povo com aviões, ele disse "sim, nós negamos isso". "Estamos prontos para qualquer missão de investigação de qualquer país do mundo. Agora, temos centenas de repórteres. Eles podem ir onde quiserem, reunirem-se com quem quiserem. Dê-me apenas uma única evidência", disse ele.
Seif também negou a informação de que o governo havia perdido o controle no leste da Líbia, mas admitiu que não existe mais um exército organizado na região. "Há um problema no leste, temos de admitir. Mas o leste corresponde a apenas 20% do país. O restante está ok", disse ele.
"Há alguns grupos terroristas, poucos, em duas cidades. Eles querem criar seus próprios Estados. Eles têm um canal de rádio e uma pequena milícia, mas não é nada importante." E afirmou: "O restante da população, os dois milhões de pessoas aqui [em Trípoli], não estão com eles".
O filho de Kadafi acrescentou que "não temos a intenção de ser uma família governante. Eu disse isso muitas, muitas vezes antes, nos últimos dez anos. Precisamos da democracia na Líbia. Mas precisamos começar com leis, Constituição, governos locais, eleição".
"Agora, a prioridade é restaurar a paz e a harmonia", afirmou. "No momento, ninguém está falando sobre mudança de regime porque isso não é prioridade para ninguém."
As forças de Kadafi mantêm o controle de Trípoli e Syrte e combatem em várias outras cidades. Os mais importantes centros do leste do país estão nas mãos dos rebeldes.