O ditador da Síria, Bashar Assad, disse hoje (6) que a morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foi "uma grande perda pessoal". O venezuelano, aliado do regime sírio, morreu ontem após não resistir às complicações de um câncer na região pélvica.
Em comunicado divulgado pela agência de notícias Sana, Assad lamentou a morte do presidente venezuelano e deu condolências ao país sul-americano e ao vice-presidente, Nicolás Maduro. "O desaparecimento desse líder único é uma grande perda pessoal e para o povo sírio, tanto como é para o povo da Venezuela".O chefe de Estado disse estar orgulhoso do progresso nas relações entre os dois países, em especial sobre o conflito que Assad trava com a oposição. "Esse grande desaparecido era um amigo fiel que se opôs à guerra feita contra a Síria", disse.
Chávez e Assad começaram contatos em reuniões bilaterais a partir do terceiro mandato de Chávez, em 2006. A relação bilateral incluía o apoio político e o envio de petróleo ao povo sírio, que não parou mesmo durante o conflito com os rebeldes, iniciado há dois anos.
Na imprensa estatal venezuelana e no canal regional Telesur, o conflito era tratado com a visão do regime sírio, chamando os opositores de terroristas, como sinal da interferência da relação diplomática dos dois países também na comunicação.
Aliados
O chefe de Relações Internacionais e assessor presidencial da Autoridade Nacional Palestina, Nabil Shaat, expressou suas profundas condolências à família de Hugo Chávez e ao governo e o povo da Venezuela pela morte de "um amigo leal"."A Palestina diz adeus a um amigo leal que defendeu apaixonadamente nosso direito à liberdade e à autodeterminação. Sua contribuição à causa da dignidade não tinha fronteiras e alcançou os corações e mentes do mundo árabe".
O ditador de Belarus, Alexandr Lukashenko, decretou luto oficial de três dias e disse que perdeu um grande amigo. "Nossos corações foram atravessados por uma triste notícia. Morreu um grande amigo, um amigo fiel, nosso irmão".
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