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Multidão se concentra na Praça Tahrir, centro do Cairo, para comemorar a queda do ditador Hosni Mubarak | Mohamed Abd El-Ghany/Reuters
Multidão se concentra na Praça Tahrir, centro do Cairo, para comemorar a queda do ditador Hosni Mubarak| Foto: Mohamed Abd El-Ghany/Reuters

Cairo - Dezenas de milhares de egípcios realizaram ontem uma "Mar­­cha pela Vitória", no Cairo, para celebrar o fim do governo de 30 anos do ex-ditador Hosni Mubarak, que, após 18 dias de protestos antirregime, renunciou há uma semana.

O xeque Yousef al Qaradawi, clérigo baseado no Catar e um dos primeiros a apoiar a revolução, disse que o medo foi tirado dos egípcios e afirmou estar confiante de que o Conselho Supre­­mo das Forças Armadas, para quem Mubarak passou o poder, não irá trair a nação.

"Peço ao Exército egípcio que nos liberte do governo que Mubarak formou", afirmou Waradawi aos fiéis durante a oração do meio-dia de ontem na Praça Tahrir – que foi o epicentro dos protestos –, depois do que a multidão aplaudiu.

O líder espiritual pediu aos fiéis da mais populosa nação árabe do mundo que sejam pacientes com os novos governantes militares.

O atual gabinete é basicamente o mesmo que Mubarak apontou pouco antes de renunciar à Presidência e uma renovação é esperada para os próximos dias, abrindo um novo capítulo na história moderna do Egito.

A revolução no país, um aliado dos Estados Unidos e que assinou um tratado de paz com Is­­rael, estremeceu a região.

O Ministério da Saúde egípcio informou que 365 pessoas morreram nos 18 dias de protestos.

Na última terça-feira, o Con­­selho Militar nomeou uma Co­­missão Constitucional que in­­clui um representante da Ir­­man­­dade Muçulmana, principal gru­­po de oposição do país, que tem oito membros.

A comissão recebeu o prazo de dez dias para elaborar propostas que, em um segundo momento, serão submetidas a um referendo popular.

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