Os egípcios voltaram às urnas nesta quarta-feira (21) para as eleições parlamentares depois de cinco dias de violência no Cairo, confrontos que deixaram um clima pessimista na transição à democracia e provocaram críticas dos Estados Unidos às forças de segurança egípcias. A praça Tahrir, palco dos protestos, e as ruas próximas estavam tranquilas durante a noite pela primeira vez nesta semana. Na noite anterior, policiais e soldados haviam usado gás lacrimogêneo e cassetete para empurrar para fora da praça os manifestantes, que pediam o fim do governo militar. Os mais recentes confrontos, em que 13 pessoas morreram, ressaltaram a turbulência presente na primeira eleição no Egito desde que o presidente Hosni Mubarak foi derrubado do poder em fevereiro. Mesmo antes da votação começar em novembro, a agitação na praça Tahrir deixou 42 mortos. Nove províncias, na maioria fora da capital, realizam realizando votações de segundo turno nesta quarta e na quinta-feira. A eleição egípcia ocorre em várias etapas, durante seis semanas, e termina em janeiro. O conselho militar que assumiu o poder após a queda de Mubarak disse que não deixará que a transição saia do rumo e prometeu entregar o poder ao presidente eleito em julho. Mas manifestantes na praça querem que o Exército volte aos quartéis antes disso. "Se Deus quiser, completaremos a revolução até 25 de janeiro, derrubando o conselho militar", disse um manifestante de 25 anos, Mahmoud. A insurgência contra Mubarak começou em 26 de janeiro e durou 18 dias.
Egípcios voltam às urnas em dia calmo após confrontos no Cairo
Os mais recentes confrontos, em que 13 pessoas morreram, ressaltaram a turbulência presente na primeira eleição no país desde que o presidente Hosni Mubarak foi derrubado
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- 21/12/2011 06:39
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