O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou carta ao Congresso norte-americano defendendo os ataques militares dos à Líbia, em meio às críticas de congressistas da oposição republicana, segundo os quais o papel da América não está claramente definido e o Congresso ficou de fora do processo de deliberação das ações.

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Na carta, Obama disse que os "ataques serão limitados em sua natureza, duração e escopo". Ele não deu prazos para a ação dos EUA, mas disse que os ataques militares vão preparar o terreno para a atuação de outros países.

As críticas ao papel dos EUA na Líbia aumentaram nos últimos dias. Além de demandarem maior consulta ao Congresso, republicanos disseram no fim de semana que Obama não fez o suficiente para definir a missão na Líbia.

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Na carta, Obama defendeu a ação militar, que incluiu a destruição de estruturas de controle e sistemas de defesa aérea da Líbia. Kadafi, disse Obama, teve amplas oportunidades de instituir um cessar-fogo e parar de matar seus civis.

O presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehmer, declarou ontem que os EUA "têm a obrigação moral de apoiar aqueles que buscam se libertar da opressão". Mas, acrescentou, "o governo tem a responsabilidade de definir para o povo norte-americano, o Congresso e nossas tropas qual é a missão na Líbia e explicar qual é o papel da América na execução desta missão, além de tornar claro como a mesma será atingida".

Obama fez dois discursos nos últimos dias sobre a ação militar dos EUA na Líbia. Ele também se reuniu com um grupo bipartidário de 18 líderes do Congresso na semana passada, antes de autorizar os ataques no fim de semana.

"Acho muito problemático e inaceitável que o presidente Obama tenha comprometido forças americanas no conflito na Líbia sem qualquer consulta ou consentimento do Congresso", disse a deputada republicana Candice Miller nesta segunda-feira (21).

Não está claro se as críticas levaram Obama a enviar a carta. O presidente afirmou que escreveu a carta como parte de seus esforços "para manter o Congresso totalmente informado, de acordo com a Resolução dos Poderes de Guerra".

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Obama reiterou que não vai empregar tropas terrestres na Líbia e trabalhará com outros países. "Os contínuos ataques e ameaças de Kadafi contra civis e áreas povoadas por civis causam grande preocupação nas nações árabes vizinhas e constituem uma ameaça à região e à segurança e à paz internacionais", disse Obama. As informações são da Dow Jones.