Na semana em que a Coreia do Norte fez testes nucleares, os Estados Unidos decidiram reforçar a sua presença no Pacífico com o envio de 12 caças F-22 Raptors ao Japão.
Os primeiros aviões militares, que decolaram do estado americano da Virgínia, chegaram nesse sábado (30) à base aérea de Kadena, na província japonesa de Okinawa.
O envio dos caças supersônicos acontece em meio à escalada de tensão na região, onde a Coreia do Norte lançou vários mísseis nas últimas semanas.
Segundo fontes do Departamento de Defesa, os aviões que partiram em direção ao Japão fazem parte dos dois esquadrões que a Força Aérea americana montou nos últimos quatro meses com objetivo de reforçar a segurança no Pacífico Ocidental.
A agência de notícias Reuters informou ainda que o envio dos aviões foram acertados após uma conversa telefônica entre o presidente dos Estados Unidos Barack Obama e o premiê japonês Taro Aso.
Mais cedo, ainda nesse sábado, em Cingapura, o secretário de Defesa americano, Robert Gates, afirmou que os EUA responderão "rapidamente" se as ambições nucleares da Coreia do Norte ameaçarem o país ou seus aliados na Ásia.
"Não ficaremos parados" enquanto a Coreia do Norte desenvolve capacidade para semear a destruição, disse Gates numa conferência asiática sobre segurança.
Rússia engrossa lista
Após a China pedir cabeça fria nas decisões, o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, e o primeiro-ministro do Japão disseram neste sábado (30) que os testes nucleares da Coreia do Norte exigem "a mais séria reação".
A declaração dos dois líderes aparece na nota da assessoria de imprensa do Kremlin que resume a conversa telefônica que ambos tiveram nesse sábado por iniciativa do premiê japonês.
"As partes foram unânimes na necessidade de reagir da maneira mais séria a essas ações (norte-coreanas), que representam um desafio ao sistema de segurança internacional", diz o comunicado.
Os dois líderes também se dispuseram a "coordenar a elaboração das medidas adequadas à situação criada e orientadas à sua solução, as quais serão incorporadas à nova resolução do Conselho de Segurança" da ONU, informou o Kremlin.
Aso e Medvedev conversaram ainda sobre temas de interesse bilateral. Neste contexto, o presidente russo ressaltou a importância de ambos "se absterem de fazer declarações públicas sobre os problemas espinhosos" nas relações entre os dois países.
O premiê japonês, segundo o Kremlin, "acolheu com compreensão" esta observação de seu interlocutor.