O presidente russo, Vladimir Putin, tentou aliviar nesta sexta-feira (11) os temores europeus de um corte no fornecimento de gás, depois que Bruxelas disse que permaneceria dando apoio às novas autoridades em Kiev se a Rússia fizesse novas ameaças de cortar a oferta para a Ucrânia.
A Rússia, que irritou potências ocidentais ao anexar a Crimeia, elevou o preço cobrado da Ucrânia pelo gás e disse que o país vizinho deve US$ 2,2 bilhões em contas não pagas.
A tensão elevou o temor de uma repetição de "guerras de gás" anteriores, quando disputas entre os dois antigos países da União Soviética levaram a problemas de fornecimento para a Europa Ocidental.
A repetição deste tipo de cenário poderia afetar a Rússia e consumidores europeus, porque Moscou depende das vendas para a Europa para manter arrecadação pública.
"Quero dizer de novo: não pretendemos e não planejamos parar o gás para a Ucrânia", disse Putin em um comentário transmitido pela televisão, durante uma reunião do governo. "Nós garantimos o cumprimento de todas nossas obrigações com nossos consumidores europeus."
Uma grande parte do gás consumido na Europa é proveniente da Rússia por meio de dutos que cruzam o território ucraniano.
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