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Tutu, assim como Mandela, foi vencedor do prêmio Nobel da Paz | Reuters/Sumaya Hisham
Tutu, assim como Mandela, foi vencedor do prêmio Nobel da Paz| Foto: Reuters/Sumaya Hisham

Especial Nelson Mandela

Confira o especial da Gazeta do Povo sobre Nelson Mandela.

Veja fotos e vídeos sobre o Madiba. Leia artigos sobre o maior símbolo da luta contra o apartheid e a repercussão dessa morte.

A vida de Nelson Mandela

Nos anos 1980, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) exigia, por meio de sanções econômicas, o fim do Apartheid

Cansaço

A sociedade branca sul-africana parecia cansada do banimento imposto pela comunidade internacional por causa do Apartheid.

Reformas

Em 14 de setembro de 1989, assume a Presidência Frederik W. de Klerk. Herdeiro de fundadores do Partido Nacional, ele inicia reformas no regime político.

Libertação

No dia 2 de fevereiro de 1990, legaliza o Conselho Nacional Africano (CNA) e, no dia 11, anuncia a libertação de Mandela.

Divórcio

Livre, ele inicia negociações por reformas políticas. Separa-se de Winnie em abril de 1992, após 33 anos de casamento.

Láurea

Recebeu o Prêmio Nobel da Paz, juntamente com o presidente Frederik de Klerk, no dia 15 de outubro de 1993.

Histórico

Em maio de 1994, ele tornou-se o primeiro presidente negro na história da África do Sul, encerrando o mandato em 1999, sem tentar uma reeleição, como já havia se comprometido ainda antes de tomar posse.

Aposentadoria

Em 2004, ele anunciou que se retirava da vida pública.

Um dia

Em 2009, as Nações Unidas declararam o dia 18 de julho como o Dia Internacional de Mandela, em que organizações e indivíduos são encorajados a tomar parte em ações humanitárias.

Em missa celebrada nesta sexta-feira (6), o arcebispo emérito da Cidade do Cabo e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Desmond Tutu, pediu aos sul-africanos a manutenção da união entre os povos que foi defendida por Nelson Mandela.

"Ao longo de 24 anos de desde sua libertação, Madiba nos ensinou como viver juntos e acreditar em nós mesmos e em cada um", afirmou Tutu, um dos aliados de Mandela e uma das maiores forças religiosas na luta contra o apartheid.

Ele também criticou os que acreditam na entrada em um novo conflito entre negros e brancos após a morte do líder negro. "Sugerir que a África do Sul entrará em chamas é não acreditar nos sul-africanos e no legado de Madiba. O sol vai nascer amanhã, e depois...Não vai parecer tão brilhante como ontem, mas a vida segue."

Homenagens continuam pelo país

Milhares de sul-africanos se reúnem desde a madrugada desta sexta em diversos pontos do país em memória ao ex-presidente Nelson Mandela, que morreu na noite de quinta-feira (5) aos 95 anos. O ambiente do luto é de celebração pela vida do primeiro mandatário do país após o regime do apartheid.

No bairro de Houghton, em Johannesburgo, centenas de pessoas colocaram velas e flores na frente da casa onde morreu o líder negro. O ambiente era de celebração, com gritos contra a segregação racial ou em homenagem a ele, cantados em coro pela multidão: "Viva Mandela!" ou "Longa vida a Mandela!"

O corpo do ex-presidente foi retirado do local por volta das 3h locais (23h em Brasília) e levado para o hospital militar de Pretória, onde será preparado para o funeral. No local, outro grupo também gritou palavras e expressões de agradecimento.

A unidade de saúde teve a segurança reforçada. Os restos mortais do ex-presidente deverão ficar na cidade por três dias, antes de serem levados para Johannesburgo e para Qunu, aldeia natal de Mandela e onde o corpo será enterrado.

O clima de homenagem festiva também se repete na rua onde o ex-presidente morou no Soweto, gueto negro de Johannesburgo. A Vilakazi Street, que foi fechada pelas autoridades locais, recebeu velas e flores dos moradores da região, em sua maioria jovens, que elogiavam o ícone contra a luta racista.

Alguns deles levavam camisas e os rostos pintados com as cores do Congresso Nacional Africano, partido que foi liderado por Mandela e é o mesmo do atual presidente, Jacob Zuma. Um grupo cantava em zulu: "É o soldado de Umkhonto e não há ninguém como ele".

Lesedi Motloung, 19, se afastou da multidão para ter um momento de silêncio."Estou muito triste. Madiba [nome tribal do ex-presidente] foi o herói dos jovens da África do Sul", disse.

Em frente à igreja Regina Mundi, um dos lugares símbolos da luta contra o apartheid, Sebastian, 35, que é padre no Soweto, agradeceu Mandela e afirmou que aconteceu o inevitável. "É um dia triste, mas podemos dar graças a Deus por seu trabalho em vida."

O jornal The Star, um dos principais do país, o chamou de "herói da humanidade" por ser o ídolo de toda a população sul-africana por seu papel decisivo pelo fim do apartheid.

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